Lucca
— Nós temos que tentar, Rafa. Nunca se sabe quando um milagre vai acontecer — ralho.
— Quer ir até lá? — sugere.
— Não acho que tenha alguém por lá — retruco desacreditado. — Melhor irmos, já está escurecendo.
Ele assente.
Entretanto, após três passos em direção ao nosso ponto de encontro, ouço uma batida forte em um metal. O Rafa e eu nos entreolhamos.
— Isso foi na asa do avião, não foi? — questiona esperançoso. Sinto a habitual adrenalina percorrer o meu corpo e corremos em direção da asa do avião. Engulo em seco quando vejo uma garota de aproximadamente doze anos ainda presa ao cinto e a um dos bancos do avião. Ela não me parece nada bem. Seus olhos claros e pesados me encaram esperançosos.
— Meus pais… — Ela diz quase sem forças.
— Chefe, mande os paramédicos. Encontramos uma vítima viva. — Passo o rádio para o chefe
— Me passe a localização, Lucca.
— Lado sul da mata. Perto de uma ribanceira.
— Quantas vítimas?
— Uma garota de aproximadamente doze anos e... há outras pesso