33.
Lucca
Alguns dias depois…
Ainda não acredito que isso está acontecendo comigo. Penso, olhando-a, enquanto dorme do meu lado na cama. Isso parece um sonho. Um sonho que desejei por anos. Rio por dentro. E deliberadamente ajeito alguns fios dos seus cabelos espalhados pelo seu rosto. Ela se mexe e uma brecha de olhos azuis se abrem para mim. É uma pena que ela tenha que ir. Gostaria de passar o resto da noite com ela aqui.
Suspiro.
— Oi! — Ela diz com voz rouca de sono e isso mexe com a minha libido.
— Oi! — respondo, recebendo um sorriso seu.
Como pode ser tão linda assim? Como consegue mexer com o meu corpo com gestos tão simples? Confesso que esse tipo de amor me dá medo. Esse domínio, esse poder que ela tem sobre mim.
— Que horas são? — Alice pergunta me despertando.
Mais um suspiro para pelas minhas narinas.
— Pouco mais das cinco. — Ela ergue um pouco o seu corpo e me dá um selo na boca.
— Eu tenho que ir — avisa com um tom baixo, que me faz fechar os olhos e encosto a minha testa