Capítulo 12

Acordo de manhã com a luz do sol iluminando meu quarto e por um momento achei que já estava atrasada pro meu trabalho, minha irmã pra escola e etc. Mas olho a hora 08:45h e lembro que era sábado. O dia mais esperado por Sophia, Nat e Charlotte, e agora também pela Mel. O grupo de nós cinco está movimentado desde ontem, fui dormir porque não aguentava mais aquelas falando sobre essa festa, mas se bem que no fundo eu estava ansiosa também.

Antes de descer organizo minhas coisas, tomo um banho e visto uma roupa bem piscina. Eu estou bem feliz, tanto por passar o dia com meus amigos e também porque um desses amigos é o Thomas. Vou lá pra baixo e no caminho vejo uma linda cena da Sara ajudando a minha irmã a comer. Como eu fico feliz com isso, meu irmão e ela felizes me fazem tão bem.

— Bom dia — digo dando um beijo no meu irmão e na minha irmã e abraço a Sara.

— Bom dia, maninha — ele me avalia. — Já está pronta?

— É, acordei animada hoje — falo comendo uma panqueca.

— Vai encontrar alguém especial lá? — Sara pergunta.

— Meus amigos — respondo normalmente.

— Tu entendeu o que eu quis dizer com especial — Sara completa e rimos.

— Nós também vamos sair, arruma a Emily, Elena. — Eric pede.

— Quero que a tia Sara me arrume hoje — a Emily me interrompe.

— Está me trocando, mocinha?

— Só hoje, Elle! — Ela diz com carinha de preocupada.

— Tudo bem, meu amor — falo — se ela não se importar.

— Claro que não me importo!

— Eba! — Emily dá gritinhos enquanto a Sara leva ela pro banho.

Meu irmão quer falar alguma coisa, conheço ele muito bem e sei quando quer perguntar algo.

— Fala logo! — Digo quando a Sara e a Emily já estão lá em cima.

— Você tá tão feliz esses dias, fico muito feliz quando você tá bem e feliz — ele fala e abraço ele.

Não é a primeira vez que ele diz isso, nem a única pessoa. Até a Sophia já falou. Na verdade primeiramente achei que fosse bobagem deles, mas realmente eu estou muito bem nesses últimos dias. Conhecer pessoas novas, fazer a faculdade dos meus sonhos, sair com meus amigos, tudo isso está me fazendo muito bem.

— Você sente algo por aquele garoto, o Thomas? — Ele pergunta e antes de responder ele manda esperar. — Nunca vi você tão bem e sorridente só escutando o nome de algum menino.

— Eu não sei se sinto algo por ele, rolou um clima, mas não quero ficar pensando nisso agora — ele assente e logo em seguida a campainha toca.

Eu imagino quem é, então antes de abrir, dei uma verificada no meu look (nunca me importei com isso, por que agora estou assim? Tenho que voltar ao normal). Abro a porta e concentra Elena, concentra!

— Bom dia — Thomas fala me dando um abraço e logo retribuo.

— Bom dia, entra — abro espaço. — Gente, esse é o Thomas. Thomas, esse é meu irmão — meu irmão avalia ele com uma cara de malvado. — Essa é minha cunhada Sara e minha irmã Emily.

— Oi — minha irmã vai ao encontro dele e levanta os bracinhos para pedir um abraço.

— Oi, coisa linda — ele a pega no colo. — Bem que sua irmã falou que você é uma princesa.

— Elle, pode namorar com ele, ele é bonito! — Emily fala quando já está no chão e todos riem.

— Emily! — Eu a repreendo.

— Deixa ela, Elena — Thomas diz. — Vamos, já está na hora.

— Então cara, você parece gente boa — começa o showzinho do meu irmão. — Mas ela é minha irmã, então se você fizer ela chorar, ou pelo menos fazer ela ficar triste, irá se arrepender! Você nunca mais poderá ter filhos e use sua criatividade pra saber o porquê! — Thomas faz continência e todos nós caímos na gargalhada. — Não achei graça nenhuma...

— Pode deixar Eric, não vou fazer ela mal — ele diz dando uma picadinha pra mim.

Vamos o caminho todo conversando sobre várias coisas. Não falta assunto pra gente conversar, nós falamos sobre qualquer coisa e isso é muito bom. Olho o celular pois está vibrando e vejo que é do grupo da gente "Coisas lindas demais" (melhor nome de grupo), eles estão falando que só falta nós dois.

— Só falta nós dois — falo.

— Não sabem viver sem a gente — ele diz e rimos.

Um silêncio bom se formou por alguns minutos. Não era aqueles constrangedores, nós só estávamos ali aproveitando a companhia boa do outro. Olho pra ele discretamente e percebo a roupa que ele está usando. Tem muito estilo. Um dia ainda pergunto a Mel se ela que escolhe as roupas do irmão, ou ele que tem bom gosto mesmo. Falando nela...

— Cadê a Mel? — Pergunto

— O Ben passou lá em casa pra buscar ela — ele diz e me olha com cara maliciosa. — Falei que íamos pro mesmo lugar e eu podia levar ela, mas ela só quis ir com o Ben. Ainda vai rolar alguma coisa com aqueles dois.

— Eles são fofos juntos — digo e ele assente.

Não demorou muito até chegarmos lá. Quem abriu a porta foi o próprio Justin.

— Podem ficar à vontade, galera — agradecemos.

Dei uma olhada e está tudo bem animado e bonito. A piscina é bem grande e o local muito aconchegante. Tem uma churrasqueira assando carne ao lado direito e o cheiro é muito bom. Perto da piscina várias espreguiçadeiras, boias, entre outras coisas.

— Amiga! — Sophia grita e vem ao meu encontro. — Que saudade.

— Nem parece que se viram ontem — Justin arrebata.

— Tá linda — digo vendo seu maiô preto cavado nas laterais e com um pequeno decote na parte da frente.

— Você também — ela fala e olho pra meu vestidinho branco meio transparente, mostrando o biquíni vermelho por baixo.

— A diva chegou — Nat também vem me abraçar. Ela está com um lindo biquíni preto que favorece seu corpo que já é lindo. O Jason está adorando essa visão privilegiada.

— E o Jason só de olho, em... — digo baixinho e ela ri.

— Vão entrar logo na piscina ou vou ter que ir aí empurrar vocês? — Henri, amigo dos meninos que acabou por se tornar nosso amigo também grita lá da piscina e rimos pela pose que ele faz em cima de uma boia de abacaxi. Ele tem cabelos escuros, é magro e alto. Seus olhos são cor de mel e chamam bem atenção no sol.

Em pouco tempo já estamos todos molhados e se divertindo muito. Os meninos ficaram com a parte do churrasco, a mãe do Justin, sempre traz alguma coisa pra comermos e nós meninas ficamos colocando as músicas.

Em um momento, os meninos estavam fazendo uma guerrinha na piscina eu com as meninas estamos comendo e tomando um sol. Até que o Thomas aparece meio que do nada.

— Está gostando? — Ele pergunta e vejo as meninas cochichando (elas realmente não sabem ser discretas).

— Sim, e você?

— Tá bem legal, mas poderia ficar mais — ele me olha de baixo pra cima e rio envergonhada.

Sem eu nem perceber direito ele pega minha mão e me puxa pra um local ao lado da churrasqueira, como se fosse a parte do lado da casa do Justin. É mais afastado e não temos visão da piscina.

Chegando lá, observa ao redor provavelmente pra verificar que não tem ninguém e após isso me empurra pra parede e me beija. Logo eu retribuo e diferente dos nossos primeiros beijos esse é mais intenso, bem mais na verdade. Primeiro segura minha nuca, mas logo vai descendo pelas costas. Uma das minhas mãos brincam com seus cabelos úmidos e macios, enquanto a outra arranha suas costas suavemente. Não sei em quanto tempo exatamente isso aconteceu, mas paramos quando já estávamos quase sem fôlego. Eu podia facilmente sentir sua respiração quente e ofegante perto de mim, bem perto na verdade.

— Melhor a gente ir, antes que sintam nossa falta — digo variando minha visão de seus olhos pra sua boca úmida.

— Tudo bem — ele me dá um selinho. — Mas me diz, tudo que é escondido é mais gostoso, não é? — Não consigo evitar um sorriso.

Logo voltamos pra piscina. É acho que ninguém sentiu nossa falta, ou se sentiram, não falaram nada.

Uma hora quando estamos jogando vôlei na piscina, a Nat dá um gritinho.

— Gente, nosso casal — olhamos em volta e vimos o Justin e a Sophia em um momento fofo.

— Nem aproveitar o amor da minha vida aqui eu posso — Eles param quando percebem que estamos olhando é rimos.

Ficamos jogando mais um pouco e depois de um tempo o Henri teve uma "Grande ideia".

— Galera, bora brincar de "Eu nuca"!

— Eu topo — Ben respondeu na mesma hora.

— Eu também — Charlotte já se aproxima.

— Isso sempre dá em coisa — Thomas fala.

— Tá com medo, é Thomas? — Jason responde rápido.

— Gente, tem pra que ter vergonha nem medo não, todo mundo aqui faz merda e todo mundo sabe disso — Justin diz já sentando na rodinha e Sophia senta ao lado.

Sentamos todos um ao lado do outro em uma rodinha, cada um com um copinho de refrigerante, porque em respeito à família do Justin não levamos bebidas alcoólicas.

— Vai com refrigerante mesmo, galera — Justin comenta.

— É o seguinte — Nat começa a explicar. — Cada um diz alguma coisa, tipo "Eu nunca fiz alguma coisa" e quem já fez bebe. Quem acabar primeiro, se for menino, os meninos escolhem o que tem que fazer e se for menina, as meninas escolhem — todos assentem.

— Eu começo — diz Henri. — Eu nunca passei vergonha quando estava bêbado. — Todos os meninos beberam e a Nat também.

— A Nat não precisa tá bêbada pra passar vergonha — falo e todos concordam rindo, inclusive ela.

— Não vi graça — ela fala e já pensa em sua pergunta. — Eu nunca fiquei com alguém só pra fazer ciúmes a outra pessoa. — Ela diz e o Ben bebe, a Sophia, o Henri, a Charlotte e o Jason.

— Gente, que coisa feia — Thomas diz em tom de brincadeira e pensa em sua pergunta — Eu nunca me apaixonei à primeira vista. — ele fala e a Sophia bebe, a Mel e o Justin.

— Eu nunca peguei alguém que está na roda — Ben fala e sinto um clima se formando ali. — Automaticamente e já esperávamos, Sophia e Justin beberam, Jason também bebeu e logo depois o Thomas, eu, Nat bebemos por último.

— Calma, calma, calma — Justin fala. — estou confuso...

— Quem é o próximo? — Thomas questiona tentando quebrar o clima.

— Ficou nervoso? — Charlotte alfineta.

— Agora é minha vez — Sophia fala e agradeço mentalmente a ela. — Eu nunca peguei mais de um no mesmo dia — todos os meninos bebem, a Nat e a Charlotte. — Bate amiga, somos os únicos anjinhos daqui! — Sophia bate na minha mão e rimos.

No final o placar deu uns reviras volta e quem perdeu foi o Thomas.

— Vamos, lá — Henri levanta e todos os meninos com exceção do Thomas vão lá pra dentro pra escolher o que ele terá que fazer.

— Vão logo — ele diz insatisfeito.

Depois de um tempo eles voltam todos com cara de mal.

— Bom, talvez você não possa fazer isso hoje, porque não sabemos quem foi — Jason começa. — Mas você vai ter que dar pelo menos um selinho na última menina que você beijou — ele termina é percebo a tensão das pessoas e principalmente minha tensão.

— É sério isso? — Ele pergunta passando a mão no cabelo.

— Sim! — Eles respondem em coro.

— Vamos, diz logo quem foi, cara — Ben faz pressão.

Ele não responde nada, apenas olha para os lados e me encontra com o olhar. Pra ele isso tá tudo bem, percebo que sua tensão é mais por minha causa, mas mesmo assim ele vem até mim bem devagar e me dá um beijo. Escuto gritos e pessoas jogando água pra cima, mas no fim foi divertido. Ele termina com um selinho e vejo um sorriso em seu rosto, não foi tão ruim assim. São meus amigos, então...

— Não acredito — Mel fala.

— Era óbvio, vocês são burros? — Sophia diz, mesmo ela sabendo que era eu, pois já tinha lhe contado.

Com o tempo as coisas se acalmaram e quando percebemos são cinco horas da tarde.

— Galera, vou ter que ir, pois ainda tenho umas coisas pra fazer em casa — falo.

— Eu também vou, pode deixar que eu te levo — Thomas fala mandando uma piscadinha.

— Também chegou minha hora — Nat comenta desanimada.

— Eu te deixo em casa, é perto da minha mesmo — Jason diz e vejo a cara de malícia das pessoas. — Gente, vocês são insuportáveis, não existe mais carona normal pra vocês não? — rimos.

Estamos todos exaustos, com cara e cansados, bronzeados, queimados, vermelhos e tudo mais. Ninguém aguenta nem mais falar nada.

Depois de todos trocarmos de roupa, começamos a nos despedir. Foi realmente muito bom. E de longe vejo o Thomas vindo com o cabelo meio bagunçado e não consigo resistir que cara gato, pena que é um playboyzinho rico. Ele é realmente lindo até de cabelo bagunçado.

— Bora? — Ele segura minha mão e vamos andando até o carro.

No carro fomos falando sobre várias coisas que passamos durante o dia e eu não canso de dizer que foi perfeito. Quando chegamos na minha casa, ele estaciona e fica me olhando.

— Quer entrar? — Pergunto.

— Eu até queria, mas tenho que chegar em casa antes do Ben e da Mel, não confio naqueles dois — ele fala.

— Deixa eles, achei que você confiava — digo me espreguiçando no banco, piscina cansa mesmo.

— Nos vemos depois. Tchau, boa noite — ele se despede me dando um beijo demorado.

— Boa noite — faço carinha de triste.

— Não faz essa cara!

— Só se eu ganhar mais um beijo — ele sorri e me beija de novo.

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