Aquela que se viu pela primeira vez

Quando Miranda ficava recolhida no espaço mental, ela costumava ficar no escuro, como se dormisse, e, às vezes, algumas imagens vinham ela, difusas, fáceis de se confundir com sonhos. Tanto que, quando abria os olhos para o mundo externo, não sabia dizer se aquilo realmente acontecera sob o controle de June ou se eram apenas lembranças oníricas.

Dessa vez, contudo, Miranda se sentia bem acordada, embora não estivesse controlando o corpo. Ela estava perto da superfície o suficiente para ouvir a discussão à sua volta e ver através dos olhos de June. Vez ou outra, Miranda até mesmo foi capaz de misturar seus pensamentos com o dele. Uma conversa interna surpreendente e confusa e Miranda não podia estar mais grata por essas novas possibilidades estarem se apresentando justo naquele momento.

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