- Pronto, pare de chorar, eu ainda estou vivo, não é? - Disse Ademir, batendo nas costas de Beatriz, como um gesto de conforto.
Era a primeira vez que os dois se abraçavam tão apertado, sentindo o perfume sedutor do outro e a incrível elasticidade contra seu peito.
Ademir, por um momento, não pôde evitar se sentir atraído.
- Você ainda tem coragem de falar? Você quase morreu agora há pouco! - Disse Beatriz, desferindo um soco no peito dele.
- Eu não tinha escolha, foi você quem me mandou pular do prédio. - Retrucou Ademir, inocente.
- Se eu mandar você comer merda, você come? - Indagou Beatriz, irritada.
- Isso eu teria que pensar um pouco. - Refletiu Ademir, constrangido.
- Pensaria um pouco antes de comer merda, mas não de pular de um prédio? O que você tem na cabeça? - Disse Beatriz, apontando o dedo indicador na testa de Ademir, pressionando com força.
- Foi apenas um impulso naquele momento, eu prometo, não vai acontecer de novo. - Admitiu Ademir, rapidamente reconhecendo seu erro