Assim que Diya terminou de falar, uma onda de gritos e exclamações tomou conta do salão. O violino, conhecido como um dos instrumentos mais desafiadores de se tocar, era também um dos três grandes da música clássica mundial.Por ser um instrumento capaz de apresentações solo, a riqueza e beleza do som que ele pode emitir dependem inteiramente da habilidade do violinista. E, justamente por isso, cada uma das quatro cordas de um violino é essencial para a execução de qualquer música.No entanto, Diya havia acabado de anunciar que tocaria para todos com um violino que tinha uma corda quebrada!No meio da plateia, as pessoas começaram a cochichar, cheias de dúvidas e curiosidade.— Será que Diya realmente consegue tocar com uma corda a menos? — Perguntou alguém, intrigado. — Como ela pode parecer tão confiante?Outro, porém, deu uma risada sarcástica:— Nem mesmo os violinistas mais famosos do mundo se arriscariam a fazer algo assim na frente do público. Ela acha que é melhor que os grande
Na verdade, Diya sempre desprezou a necessidade de provar suas habilidades para os outros. Ela acreditava que um verdadeiro forte se destacava por si só, sem precisar de reconhecimento ou elogios irrelevantes. O que ela sabia fazer não precisava ser exposto para que todos soubessem. No entanto, Maya havia ultrapassado os limites, obrigando-a a mostrar do que era capaz.Diya não se importava com a competição, mas jamais permitiria que alguém pensasse que ela era incapaz. No entanto, o que ela não sabia era que Zeus havia assistido à sua apresentação do início ao fim, com os olhos fixos nela. Ele não entendia nada sobre violino, mas o talento de Diya era tão evidente que mesmo um leigo como ele não pôde deixar de se impressionar. A técnica impecável dela e a beleza da música o deixaram completamente fascinado.“Diya, oh Diya, quantas surpresas você ainda guarda? Eu fico cada vez mais curioso sobre você.” Pensou Zeus, enquanto um leve sorriso surgia em seus lábios.Entre os espectadores,
— Maya é minha aluna. Ela ainda é jovem e acabou de voltar do exterior, então não entende muito sobre os costumes locais. Peço a todos que não levem isso tão a sério. — Explicou Nelson, tentando suavizar a situação.No entanto, o público não parecia disposto a aceitar a justificativa:— Não saber as regras é desculpa para ela se comportar assim diante da Srta. Ribeiro? De jeito nenhum! Hoje ela tem que tirar esse vestido!A determinação dos presentes era evidente, e Nelson franziu a testa, claramente aborrecido. Contudo, ele manteve a calma e insistiu:— É verdade que Maya perdeu a competição, mas fazer uma jovem tirar a roupa na frente de tanta gente... Isso não seria um pouco exagerado? E se isso prejudicar a reputação dela, quem vai assumir a responsabilidade?As palavras de Nelson, ditas com seriedade, fizeram sentido. O salão caiu em silêncio por alguns instantes.— Sei que todos aqui não estão tentando humilhá-la de propósito. Estão apenas indignados porque ela desrespeitou a Srt
Diya olhou para Maya com um sorriso irônico. Maya era rápida. No exato momento em que Diya estava prestes a colher os frutos de sua boa reputação, Maya se aproximou com um espetáculo de falsa humildade, fingindo ser uma jovem inexperiente e, logo em seguida, tentando criar laços de proximidade com ela. Tudo isso claramente para ganhar pontos com o público.Se fosse em outra ocasião, Diya teria simplesmente acenado com a cabeça e deixado passar. Mas agora, diante da insistência e descaramento crescentes de Maya, Diya não estava disposta a ceder.Embora seu rosto continuasse adornado com um sorriso, havia algo na expressão de Diya que transmitia uma frieza cortante. O silêncio dela deixou o ambiente carregado de tensão, e Maya, percebendo o desconforto, começou a falar coisas aleatórias, tentando amenizar o clima.Nelson, percebendo a situação, decidiu intervir com um tom descontraído. Ele lançou uma provocação leve que quebrou o gelo:— Maya, acho que você está exagerando. Como assim se
Do outro lado da linha, Diya franziu as sobrancelhas:— Você voltou do exterior há tão pouco tempo, como já começou a trabalhar?Diya pensava que Nelson, depois de tantos anos fora, iria passar mais tempo com Mestre Santos antes de se jogar no trabalho. Mas, pelo visto, ele era mais rápido do que ela imaginava.Nelson suspirou, fingindo resignação:— Não tive escolha... A oferta chegou, e o reitor pediu que eu me apresentasse logo. Eu tinha que ir, não é?Diante do tom zombeteiro de Nelson, Diya não conseguiu evitar um sorriso e deu uma leve torcida nos lábios. Se fosse outra pessoa, um típico profissional voltando do exterior e se curvando às exigências de um emprego, ela até entenderia. Mas era Nelson.Nelson, que havia contribuído tanto para o crescimento da família Santos, jamais estaria em uma posição de precisar de dinheiro.— Sério, irmão, você é do tipo que precisa de um emprego para pagar as contas? Vamos lá, me diga, qual é a verdadeira razão para isso? — Disse Diya.Diya e N
Diya abaixou o vidro do carro e viu um rosto surpreendentemente afável. Era difícil acreditar que aquele homem era o mesmo segurança que, na época em que ela era estudante, era tão ríspido e fazia de tudo para impedir que ela saísse pelos portões da universidade.— O Dr. Nelson já me avisou que você viria hoje. Pode entrar. — Disse o segurança, sorrindo.O portão eletrônico abriu, e Diya dirigiu para dentro do campus. O dia não colaborava muito com ela, pois Nelson estava em uma reunião. Depois de perguntar onde ele estava, Diya, levando em consideração as dificuldades que ele tinha com a mobilidade, decidiu ir até ele por conta própria.No décimo terceiro andar do prédio principal, na sala de reuniões, todos os professores do departamento de música da Universidade Armano estavam reunidos. Sob a liderança do vice-reitor, Dr. Noah, o encontro havia começado.Talvez por ser um andar raramente frequentado por alunos, a porta da sala estava apenas encostada, de forma um tanto displicente.
Do lado de fora da sala de reuniões, Diya reconheceu imediatamente a voz do inflexível Dr. Noah, famoso por sua postura intransigente desde a época em que ela era estudante. Quanto ao tal Professor Arthur, ela não tinha a menor lembrança.O que não era nenhuma surpresa, já que Diya nunca foi estudante do departamento de música e, portanto, nunca teve a chance de conhecer os professores dessa área.Agora, ver Noah enfrentando alguém com um temperamento ainda mais explosivo, como Arthur, era quase cômico. Diya mal conseguiu conter um sorriso ao perceber que aquela discussão poderia se estender por um bom tempo.Se ela seria contratada para lecionar na Universidade Armano ou não, na verdade, não era algo que a preocupava.Como não tinha pressa, ela puxou uma cadeira para si, sentou-se tranquilamente no corredor e decidiu assistir ao espetáculo como se fosse uma conversa casual em uma cafeteria.Dentro da sala, Noah não apenas enfrentava Arthur, mas parecia disposto a incluir todos os outr
Diya estava prestes a se levantar para entrar na sala e provar suas habilidades, mas, antes que pudesse dar o primeiro passo, Noah perdeu a paciência e gritou:— Todo mundo, silêncio!Assim que a sala ficou em completo silêncio, ele prosseguiu com firmeza:— Eu entendo a preocupação de vocês, e admito que ela não é infundada. No entanto, já pedi ao Dr. Nelson que convidasse a Srta. Ribeiro, e ela deve estar chegando a qualquer momento. Para resolver esse impasse, proponho o seguinte: se a Srta. Ribeiro aceitar o cargo de professora de violino, ela terá um período de um mês de experiência. Se, durante esse tempo, ela não demonstrar competência suficiente para atender aos padrões do nosso departamento, ficará claro que ela não tem capacidade para o cargo. Nosso departamento de música não é lugar para amadores, e eu acredito que, nesse caso, ela mesma terá o bom senso de sair, certo?A proposta parecia ser a solução mais razoável para o problema, e todos na sala acabaram concordando. Assi