Karina não estava familiarizada com o hospital, então foi a enfermeira quem a acompanhou até o quarto de Ademir.
Assim que entrou, ouviu a voz de um dos seguranças.
— Estou falando com você! Me entregue o celular!
Ademir estava relaxado, encostado na cadeira, com o braço apoiado sobre a mesa, e seus dedos longos batiam ritmicamente sobre a superfície.
Não dizia uma palavra, e não reagia de forma alguma.
O segurança arregalou os olhos:
— Estou falando com você! Não ouviu?
Ademir o olhou, mas continuou em silêncio.
O segurança, agora impaciente, bateu com força na mesa:
— Que atitude é essa?
— Não vale a pena conversar com ele! Vamos chamar a polícia! Ele claramente não é uma boa pessoa! Temos provas! Ele ficou parado de forma suspeita perto do hospital, e agora não está colaborando com a investigação!
— Ouviu? Se continuar assim, vamos chamar a polícia!
— Pode chamar. — Dessa vez, Ademir reagiu. Ele sorriu e, de forma debochada, apressou. — Vai logo chamar, estou realmente muito, mas mu