— Eu... — Sílvia hesitou, constrangida. — Você não tinha um jantar hoje à noite? Um dos seus funcionários me ligou.
Nos últimos dois anos, sempre que Ademir tinha um jantar e não tinha outros compromissos, Sílvia costumava acompanhá-lo.
Hoje, sem uma notificação especial, o funcionário a designou automaticamente.
Sílvia de repente pensou: "Será que o Ademir queria levar a Karina?"
No segundo seguinte, Ademir franziu a testa:
— Não preciso de você esta noite, foi um engano do funcionário. Vou resolver isso. Pode ir.
— Isso... — Sílvia abriu a boca, pálida.
Mas Ademir já não a olhava mais, pegou o telefone e ligou para Karina.
Do outro lado, Karina atendeu rapidamente.
— Onde você está? — Ademir pensou que ela ainda não havia chegado. — Da mansão até aqui, demora tanto assim? Está vindo a pé?
— Ademir. — Karina também não estava contente. — Antes de me criticar, poderia verificar os fatos? Mesmo que eu viesse a pé, já teria chegado e ido embora.
Foi embora?
— Para onde você foi?
— Não pr