— Catarino, o que houve?
Assim que entraram, viram que Catarino havia jogado o celular sobre a mesa.
Túlio pegou o aparelho, olhou para a tela e, em seguida, mostrou para Karina.
Na tela, estava claro: Catarino havia completado o jogo!
Karina ficou novamente em silêncio.
Por dentro, porém, sua mente estava em tumulto, incapaz de permanecer tranquila.
Túlio disse:
— Há uma pequena porcentagem de pacientes autistas que possuem talentos excepcionais em certas áreas. Acho que o Catarino é um desses casos.
Karina levou a mão à boca, e seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas.
Ela nunca tinha imaginado algo assim.
Desde que seu irmão foi diagnosticado com autismo, embora ela o incentivasse a estudar, nunca pensou em algo além disso.
Agora, Karina sentia uma pontada de culpa e disse:
— Se isso for verdade, será que eu atrasei o desenvolvimento do Catarino?
— Não diga isso, você já fez muito por ele.
Túlio conhecia Karina por tantos anos e sabia bem o quanto ela se esforçava para cuidar