Karina ainda não tinha tempo de refletir mais sobre o assunto quando ouviu um barulho vindo de fora.
Ademir chegou?
Desde que havia concordado em ele ficar em sua casa, ela lhe entregou uma cópia da chave.
Ao sair para verificar, não demorou a confirmar: era ele, Ademir.
Ele havia deixado o café da manhã na mesa e, vindo da direção da sala de jantar, abriu os braços e a envolveu em um abraço apertado.
Sem nem dizer uma palavra sequer, ele segurou seu rosto e, se inclinando, a beijou profundamente.
Ela ainda estava com o frescor de quem acabava de se lavar, o hálito ainda mantinha o gosto leve e revigorante da higiene matinal.
Karina sentiu uma leve resistência:
— Eu ainda não terminei de me arrumar...
— Não importa. — A voz de Ademir estava rouca. — Mesmo sem se arrumar, você está maravilhosa. Eu não pude te abraçar enquanto dormia ontem à noite, eu senti tanto a sua falta!
Ademir explicou, como se tentasse se justificar:
— Eu cheguei tarde ontem e não queria te incomodar, por isso n