— Mas eu tenho que vê-lo. Preciso agradecer pessoalmente. É tudo culpa do Ademir, ele é completamente irracional.
Karina se recostou no sofá, abraçando um travesseiro, e quanto mais pensava nisso, mais se irritava:
— Posso dormir aqui hoje à noite?
— Claro que pode. — Patrícia sorriu, os olhos brilhando. — Vamos dormir juntas e conversar bastante.
— Tudo bem.
...
Lá embaixo, o carro de luxo preto foi estacionando lentamente.
Ademir levantou o pulso e olhou para o relógio: já era quase dez horas. Normalmente, nesse horário, Karina já estaria se preparando para dormir.
Ele saiu do carro, pegou o celular e ligou para Karina.
Olhou para a janela do quinto andar, que era o apartamento de Patrícia, ainda com a luz acesa.
— O que houve?
— Está se divertindo com os amigos? — Ademir massageou a têmpora, com um tom que denunciava um leve embriaguez. — Estou aqui embaixo, vou te levar para casa, desça.
Karina riu de maneira irônica:
— Vai embora, eu vou ficar aqui hoje à noi