Ao ouvir essas palavras, Ademir não sabia se estava mais feliz ou mais surpreso.
Instintivamente, perguntou:
— É mesmo?
Karina, por outro lado, se relaxou, dando um sorriso tranquilo:
— Sim, é verdade. O que teria para enganar? Você é meu marido, eu gosto de você. Isso é errado ou impossível?
A lógica estava certa, mas ainda assim, Ademir sentia uma sensação de irrealidade.
Pensando um pouco, perguntou:
— E quanto ao Túlio?
Ele se lembrava daquela noite em que estava bêbado, há pouco tempo atrás.
Quando Karina foi buscá-lo, ela havia dito que talvez nunca mais amasse alguém como amava Túlio...
Será que ela ainda pensava assim?
Karina permaneceu em silêncio. Como ela poderia responder?
Ela sabia que ele e Túlio eram diferentes, e que não poderiam ser iguais.
Mas...
Antes que pudesse abrir a boca, o garçom bateu na porta, perguntando:
— Sr. Ademir, Sra. Barbosa, posso servir os pratos?
Karina instantaneamente relaxou, respondendo:
— Pode, já estou morren