Karina riu de raiva, balançando a cabeça:
— Eu queria dizer obrigada. Obrigada por me defender.
Ademir ficou surpreso, será que ele ouviu errado?
De repente, Ademir cobriu o ferimento, sentiu uma dor intensa.
— Ademir? — Karina se inclinou, nervosa, colocando a mão em seu abdômen.
Ele levantou o olhar para Karina, e seus olhos eram incrivelmente belos, como duas gotas de mercúrio branco, claras e translúcidas, e dentro desses olhos brilhantes, parecia haver pequenos fragmentos de mercúrio negro.
Lá dentro, havia apenas Ademir.
O coração de Ademir amoleceu.
No segundo seguinte, aquela sensação desapareceu.
Karina falou de forma severa:
— Eu te disse para não fazer esforço! E você ainda vai brigar com os outros! Quer voltar para a sala de cirurgia, é isso?
Essa mulher, mudava de atitude mais rápido do que virava uma página. Não tinha acabado de agradecê-lo?
Ademir segurou a mão dela:
— E por quem você acha que eu briguei? Se está achando ruim, então não se preoc