Nos dois dias seguintes, Patrícia alternava entre dormir e estar acordada, mas continuava do mesmo jeito.
Ela não havia recuperado a memória.
Naquele momento, no mundo de Patrícia, Filipe era a única pessoa que ela reconhecia.
Naquela tarde, o médico da última consulta voltou.
Ele examinou Patrícia novamente.
Comparado à última vez, Patrícia estava mais cooperativa, mas ainda demonstrava falta de segurança e confiança. Ela olhava para Filipe de tempos em tempos, até que, no final, Filipe segurou sua mão.
De mãos dadas, Patrícia finalmente se acalmou.
O médico lançou um olhar para Filipe:
— Peça para alguém a levar para dar uma volta.
Era apenas uma desculpa para afastar Patrícia e conversar com Filipe sobre o estado dela.
— Certo.
— Filipe. — Patrícia, embora estivesse com amnésia, não era tola e entendeu o que eles queriam. — Posso ficar aqui?
Filipe sorriu gentilmente e acariciou os cabelos dela:
— Patrick está latindo lá fora. Por que você não vai fazer companhia para ele? O leve pa