Ademir riu do jeito maduro de sua filha, mas ao mesmo tempo sentiu uma alegria imensa. Ele beijou a bochecha de Joyce:
— Papai ficou tanto tempo sem ver a Joyce. Você ficou brava comigo?
— Eu não fiquei brava, não. — Joyce balançou a cabecinha. — Mamãe disse que papai estava ocupado com o trabalho. Mamãe também disse que, assim que papai tivesse tempo, viria me ver!
Então, Joyce abraçou Ademir com força:
— Papai terminou o trabalho e veio!
Afinal, era assim que Karina explicava as coisas para a filha. Ademir não conseguiu evitar e lançou um sorriso de gratidão para Karina.
— Pronto, pronto. — Karina disse sorrindo. — Vamos ficar aqui parados ou vamos embora?
— Vamos! — Joyce acenou com os bracinhos gordinhos. — Papai, vamos embora!
— Está bem.
Ademir segurou Joyce e caminhou em direção ao carro. Como as crianças mudam rápido, não é? Depois de um tempo sem a ver, Joyce já parecia diferente.
Ela havia crescido, estava mais pesada, e seus traços estavam mais definidos. Seus grandes olhos