Como pai, Antônio não podia assistir passivamente enquanto algo acontecia com Fábio. Ele acreditava que, com todos os cuidados necessários, não haveria diferença entre Fábio ir para a escola ou ficar em casa.
Francisca, ao ouvir isso e lembrar do olhar esperançoso de Fábio, não recusou mais:
— Tudo bem.
Ela apertou os dedos e não pôde deixar de dar uma última instrução:
— Por favor, não deixe nada acontecer com ele.
Antônio apertou os lábios e, depois de um momento, respondeu:
— Eles são meus filhos. Não precisa me dizer isso.
À noite.
Antônio mal tocou na comida e, após o jantar, acendeu cigarro após cigarro no quarto. Ele não sabia por que, mas estava especialmente irritado nos últimos dias.
Embora ambos os filhos fossem seus e isso devesse trazê-lo alegria, ele não conseguia deixar de sentir raiva ao pensar em Francisca levando as crianças embora e vivendo com outro homem.
No outro quarto, Fábio e Breno conversavam.
— Não podemos continuar assim. Vou falar com o papai para ele tomar