Antônio segurou a mão de Francisca:
— Não, eu quero passar o dia com você.
— Então, passe sozinho. — Disse Francisca, tentando se afastar.
Antônio a puxou com firmeza para perto de si:
— De jeito nenhum.
— Vamos jantar, eu pago. — Ele insistiu.
Francisca não queria ir, mas Antônio não soltava sua mão. Os dois ficaram parados no frio.
Surpresa com a teimosia dele, Francisca cedeu:
— Está bem, vamos.
Ela não conhecia bem os restaurantes da área e não sabia qual escolher. Vendo que já era tarde, decidiu por um restaurante mais tranquilo.
Assim que entraram, atraíram olhares. Como Antônio era cego, Francisca precisou guiá-lo pela mão, e a beleza dele chamava muita atenção. Algumas pessoas até pegaram o celular para tirar fotos.
Francisca se aproximou e bloqueou uma moça das pessoas:
— Desculpe, mas não permitimos fotos.
A moça hesitou, mas ao ver a expressão fria de Antônio, abaixou o celular imediatamente.
Francisca pensou que da próxima vez deveria trazer óculos escuros e máscara para An