Lá fora, o vento roncava furiosamente e uma árvore do lado de fora estava dobrada pelo peso da neve. A enfermeira trouxe o jantar para Francisca, mas ela mal tocou na comida, perdendo totalmente o apetite.
Sílvia entrou silenciosamente pela porta em algum momento, sem dizer uma palavra. Ela caminhou até a janela e fechou as cortinas.
Em comparação com seu antigo brilho, Sílvia agora parecia extremamente cansada, com o rosto pálido e cadavérico. Um silêncio de morte pairava no cômodo.
Sílvia finalmente se virou para Francisca e perguntou diretamente:
- O bebê que você carrega é do Antônio, não é?
Instintivamente, Francisca mentiu:
- Não, não é.
O olhar de Sílvia endureceu. Ela se forçou a se acalmar:
- Você não precisa mentir, eu sei que você passou aquele período com o Antônio.
- Você estava me vigiando à noite quando estava com ele também? - Retrucou Francisca.
Sílvia ficou sem palavras, encurralada. Antônio ainda não tinha acordado e Francisca dizia que o bebê não era da família Pare