Quando as chamas irromperam à beira do rio, uma balsa turística deslizou lentamente sobre as águas, refletindo as cores dos neons e criando ondulações na superfície.
No convés da frente, Guilherme casualmente jogava seu terno sobre os ombros.
Ele apoiou o queixo com a mão enquanto observava o incêndio que eclodia na casa térrea ao longe, o vento de outono soprava livremente em seu rosto. Seus olhos negros brilhavam enquanto seus dedos longos e magros ritmavam levemente na grade, como se tocassem uma música em um piano clássico.
- Você acha que as faíscas são bonitas? - Perguntou Guilherme.
Atrás dele estava um homem de meia-idade vestido com um jaleco branco e óculos.
Este último, com o rosto inexpressivo, observou o incêndio na margem do rio por um momento antes de responder lentamente:
- Mestre Guilherme, a senhorita que você trouxe a bordo já acordou. Você gostaria de ir vê-la?
Guilherme ergueu as sobrancelhas e se virou surpreso para o homem atrás dele.
- Ela acordou? - Ele caminho