Nos olhos de Sílvio, parecia que, se aquele relógio pudesse ser consertado, ele e Lúcia poderiam voltar a ser como antes. Aquele relógio não era apenas um acessório, mas um símbolo do amor que Lúcia um dia sentira por ele. No entanto, nada disso adiantava.
Sílvio sentiu-se um pouco abatido, sem saber se era pela impossibilidade de consertar o relógio ou pelo turbilhão de acontecimentos daquele dia.
— Sr. Sílvio, nossa loja recebeu novos modelos de relógios, com uma relação custo-benefício ainda melhor. Que tal eu levar alguns para o senhor dar uma olhada amanhã? — Sugeriu o responsável pela loja, em um tom cauteloso e conciliador. Ele sabia muito bem quem era Sílvio e não queria perder a oportunidade de fechar um negócio.
Relógios tão caros não estavam ao alcance da maioria das pessoas. Apenas homens como Sílvio, ricos e poderosos, podiam adquiri-los sem pestanejar.
— Não é necessário — Respondeu Sílvio com frieza.
Desligou o telefone. A chuva ficava cada vez mais intensa. Ele olhou p