Três a dez anos de prisão. Mas Lúcia sabia que não viveria tanto tempo assim.
Quando a sessão foi encerrada e o juiz e os demais deixaram o tribunal, Lúcia se levantou, distraída. Pôs a mochila nas costas e saiu sem sequer olhar para Sílvio e Giovana.
— Sílvio, você pode me levar ao hospital? — Giovana perguntou, com a voz manhosa. — O Dr. Arthur disse que tem uma solução para tratar meu rosto. Queria sua ajuda para escolher.
Lúcia não suportava mais ouvir as demonstrações de afeto entre eles. Com a mochila nas costas, saiu rapidamente da sala do tribunal.
Seu estômago embrulhou, e a náusea subiu pela garganta. Correndo, ela foi para o banheiro.
Sílvio desviou-se do toque de Giovana e franziu o cenho:
— Eu não sou médico, como vou saber qual tratamento escolher? Use o que achar melhor. Dinheiro não é problema.
— Sílvio... — Giovana mordeu o lábio, desapontada.
Sílvio olhou para o Dr. Arthur, que estava ao lado:
— Acompanhe Giovana de volta ao hospital.
— Sim, senhor. — Respondeu o dout