No dia seguinte, logo após o café da manhã, Abelardo escreveu algumas palavras na mão de Lúcia, e ela entendeu o recado: seu pai queria sair para tomar um pouco de ar fresco.
Lúcia percebeu que a neve lá fora havia parado, e o sol dourado começava a brilhar sobre a paisagem ainda coberta de neve, criando um cenário reluzente. Era raro ver um dia tão ensolarado.
Ela empurrou a cadeira de rodas de Abelardo e o levou para fora da Mansão do Baptista.
Abelardo aproveitava a energia das pessoas andando pelas ruas e observava as árvores ao longo das calçadas começando a brotar. Seu olhar foi capturado por um café familiar, o seu favorito de antigamente. Lúcia, conhecendo bem o pai, entendeu de imediato o que ele queria e o levou para dentro do café.
Ela pediu uma xícara de café para ele, mas, de repente, uma dor aguda no fígado a atingiu. Lúcia sabia que estava tendo uma crise.
No entanto, não podia demonstrar fraqueza na frente de Abelardo; se seu pai percebesse, ficaria desesperado.
— Pai,