As lágrimas corriam incessantemente pelo rosto dela, e Lúcia balançava a cabeça sem parar. Ela não queria tomar o remédio, não queria morrer. Ainda queria viver um pouco mais, queria passar o Natal com seus pais.
Mas Sílvio não tinha a menor ideia de toda a dor que ela sentia.
— Calma, fica quietinha e toma o remédio, e eu prometo que vou cuidar dos seus pais. A dívida entre mim e seu pai vai ser perdoada. — O rosto de Sílvio encostou-se ao de Lúcia, tentando acalmá-la com um tom suave.
Ele não sabia da real condição de saúde de Lúcia, só entendia que o filho que ela carregava era o elo que ainda os unia.
Sílvio estava desesperado para voltar ao que tinham antes. Se pudesse recuperar a Lúcia que o amava, ele faria qualquer coisa.
Ao ouvir aquelas palavras, Lúcia parou de resistir. Ela desistiu de lutar e se deixou ser abraçada com força por Sílvio.
— Lúcia, se você tiver nosso filho, vamos voltar a ser felizes como antes. Tudo vai ser como era, vamos ser muito felizes, muito felizes.
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