Lúcia viu o rosto de Sílvio coberto por uma expressão sombria, com as veias da testa pulsando de raiva.
A tempestade finalmente havia chegado. Sílvio sabia de tudo.
— Sílvio, eu... — Lúcia sentiu o coração acelerar, mas, ao abrir a boca, não encontrou as palavras.
Antes que pudesse continuar, Sílvio amassou o relatório de exames em suas mãos com um movimento brusco. O rosto dele, contorcido pela fúria, não deixava dúvidas sobre o que sentia. Ele agarrou Lúcia pelo braço e, com passos largos e rápidos, a arrastou para fora do hospital.
Lúcia mal conseguia acompanhá-lo, tropeçando várias vezes.
Sílvio finalmente abriu a porta do Bentley preto e, como se estivesse descartando algo sem valor, a empurrou para o banco traseiro.
Bang! A porta foi fechada com força, reverberando o som de sua raiva.
A mão grande de Sílvio apertou o queixo de Lúcia com brutalidade, enquanto ele jogava o relatório amassado contra o rosto dela.
— Explique!
A dor no queixo de Lúcia era insuportável, como se fosse s