As palavras mal saíram da boca dela, Sílvio virou a cabeça e a olhou friamente, com um sorriso de escárnio:
- Está querendo que eu diga que fui eu que te salvei? Lúcia, você deveria ir para casa e se olhar no espelho, ver essa sua aparência patética. O que te faz pensar que eu te salvaria? Eu mal posso esperar que você morra logo.
- Mas você mandou dinheiro para minha mãe... - Lúcia ficou surpresa.
- Porque eu percebi que, se aquele velho morresse rápido demais, o jogo perderia a graça. Mantê-lo vivo e te torturar lentamente não é muito mais divertido? - Os olhos de Sílvio brilhavam com desprezo, ele fez uma pausa. - Quanto a quem te salvou, pergunte a Deus. Ele deve saber melhor do que ninguém.
- Sílvio! Então você salvou meu pai só para me torturar mais?
Lúcia o encarou, tremendo de raiva. Esse homem era um monstro.
Sílvio riu, de forma fria e elegante:
- O que você esperava? Que fosse por amor a você? Quanta ingenuidade.
É claro, Lúcia, quanta ingenuidade. Ele te odeia, como poder