Sílvio ergueu a taça de vinho tinto, esperando brindar com ela. Lúcia também levantou a sua, batendo levemente contra a dele, mas respondeu com uma falsa indiferença:
— Mais ou menos.
— Então, eu continuo tentando melhorar.
Se fosse no passado, uma resposta dessas o teria tirado do sério. Mas agora, Sílvio parecia outro homem. Ele havia aprendido a controlar suas emoções e, mais importante, a refletir sobre si mesmo.
A brisa da noite era fresca, e o céu estava salpicado de estrelas.
Eles puxaram duas cadeiras para a varanda. Lá, beberam vinho enquanto contemplavam as estrelas.
O vento brincava com os cabelos de Lúcia, e Sílvio, por um momento, se perdeu naquele movimento.
Lúcia ajeitou o fino xale sobre os ombros, sentindo o frio aumentar, e decidiu que era hora de entrar. Mas, antes que pudesse dar o primeiro passo, ouviu um som abafado atrás de si.
Ela se virou.
Sílvio estava ajoelhado em um dos joelhos, encarando-a com um olhar intenso e apaixonado. Em sua mão, segurava uma pequena