Liliane ligou várias vezes e Carlos não atendia.
Ela estava tão preocupada que não conseguia ficar quieta, então saiu da empresa e ficou do lado de fora, esperando ansiosamente.
No inverno escurecia rapidamente e o vento gelado cortava. Mesmo vestindo roupas grossas, não era suficiente para combater o frio.
As mãos de Liliane pegando o celular estavam geladas, envoltas pelo vento.
Ela discou novamente para Carlos e, dessa vez, após um momento, ele atendeu.
- Carlos...
- O dono do celular sofreu um acidente de carro! Você é parente dele? Já chamamos a emergência!
Liliane mal teve tempo de responder, quando uma voz estranha falou do outro lado da linha.
Ao ouvir as palavras, as mãos dela tremeram.
- Onde... Onde ele está? - Perguntou Liliane, com uma voz trêmula, enquanto levantou a perna para descer as escadas com pressa.
Mas mal deu o primeiro passo, suas pernas amoleceram e ela caiu das escadas com um baque abafado, assustando os funcionários ao redor.
- Sra. Liliane! - Ele