Afonso falou de maneira despreocupada, mas no tom de sua voz havia um inconfundível arrependimento e pesar que ele não conseguiu esconder.
Valentina percebeu isso e não pôde deixar de consolá-lo:
— Talvez um dia você a encontre!
Afonso ficou ligeiramente surpreso.
Ao olhar nos olhos de Valentina, por um momento, ele ficou um pouco atordoado:
— Você está certa, talvez um dia eu a encontre!
"Haverá mesmo esse dia?"
Afonso respirou fundo.
— Garotinha, você está procurando seus companheiros, mas há muitas bifurcações nesta montanha. É fácil se perder. Se encontrar alguém como aquele que vimos antes, será muito perigoso. Se confiar em mim, posso acompanhá-la na busca.
Afonso afastou os pensamentos que o distraíam.
Por algum motivo, ele não queria se separar da garota chamada Valentina.
— Não vou tomar seu tempo? — Valentina confiava nele.
Mais do que isso, ao olhar para ele, sentia uma crescente sensação de familiaridade.
Afonso sorriu:
— Claro que não. Tenho o d