Flora avaliou Adam atentamente, era tentador a sua proposta, considerando tudo o que já viveu no lugar, e tudo o que a levou a fazer para ajudá-lo na construção e no esforço dos seus pais. Mas nada valia mais do que o seu bem estar. Flora pensou nas humilhações que passaria na sua antiga mansão, pensou no seu filho e na criação que recebeu de seus pais, pensou em toda a sua trajetória para ser quem ela se tornou e concluiu que tudo aquilo não valia a pena, por mais tentador que fosse. Assim como uma fênix, ela poderia renascer das cinzas e voar para longe.— Isso para mim é o cúmulo, Adam. Investirei todo o meu conhecimento em outra empresa, porque sei do meu valor e sei que sou mais qualificada.— Ninguém irá querer você trabalhando depois que descobrirem o que você fez, e eu farei questão de provar isso.— Faça como quiser, Adam. Mas quando perder tudo, não volte correndo para mim porque não estarei aqui para você.Flora pegou a sua bolsa e saiu de sua antiga empresa, mais uma coisa
Sua voz vacilou e suas mãos estavam trêmulas, a primeira pessoa que Flora viu ao retornar a St. Thompson foi a recepcionista, que lhe guiou até a sala do velho onde há algumas horas lhe disse que ela não estava apta, olhou para o senhor com um sorriso estampado no rosto e agradeceu a oportunidade, vendo o velho a ignorar totalmente. — Flora Louise — Disse ele anotando alguma coisa no seu notebook — Aqui estão os documentos no qual precisa assinar — Entregou-lhe mais de quinze papéis. A vaga no qual a moça estava disputando antes, e agora assinando os papéis, era muito importante para ela, e altamente cobiçada, pois se tratava da equipe de designer da família real da Inglaterra, e ser reconhecida mundialmente pelo seu talento e provar que o Adam estava errado, era o desejo de Flora. Após assinar os papéis, deixar seus dados bancários e pessoais, o senhor verificou cada folha, e logo quando acabou, sorriu. — Nós oferecemos um salário de dois mil dólares, folgas duas vezes na sem
Ryan a observava com atenção, até que percebeu seus olhos perdendo o brilho, lágrimas caem dos olhos da moça, que se põe de joelhos no meio do elevador sem se importar com a presença de Ryan. Instantaneamente Ryan a abraça sem se importar com o mundo ao seu redor, porque o seu mundo estava bem em sua frente.— Flora? — A chamou, mas não obteve resposta — O que houve? — Levantou o seu rosto a olhando no fundo dos olhos. — Fala comigo.— Minha mãe teve uma parada cardíaca, Ryan. — Desabou nos braços do rapaz que não fez questão de ampará-la. — Vai ficar tudo bem, Flora. — Disse alisando os seus cabelos enquanto a moça ainda chorava.O elevador chegou ao térreo, Flora permanecia do mesmo jeito, seu soluço era audível, o coração de Ryan estava em pedaços por perceber o seu desespero, ele odiava a ver triste.— Vamos até o hospital, ok? — Indagou para a moça que tentava se acalmar.— Ryan… — Sussurrou.— Tudo vai ficar bem, Flora. É uma promessa minha.Ryan calmamente levantou Flora do ch
O sol iluminou todo o quarto que Flora estava, ela sorriu por se sentir em casa, por estar no seu lugar de conforto próximo as pessoas que ela ama. Se espreguiçando e olhando os flashes de luz que ousava entrar, Flora levantou-se e seguiu em direção ao banheiro, que ficava a duas portas do seu quarto, quando na volta, a moça sentiu um cheiro delicioso saindo da cozinha fazendo a sua barriga roncar de fome. O sorriso de Flora ficou largo logo após ver a cena. Ryan estava com Daniel nas costas enquanto mexia na frigideira que estava no fogo, as borboletas no estômago se fizeram presentes, Flora naquele momento desejou que Ryan fosse pai do seu filho, mas a verdade era que nem filho dela o garoto era. — Tio, o bacon não está cru? — Daniel perguntou para Ryan que parou de virar carne e o avaliou.— Talvez se eu deixar mais um pouquinho, ficará no ponto certo, não é?— Tio, a gema do ovo está crua.— Você não gosta?— Tem gosto de meleca.— E como você sabe o gosto da meleca?— Porqu
Enquanto Flora e Ryan organizavam a mala de Daniel, o garoto pulava animado em cima de sua cama, arrancando risos do seu avô. Há poucos minutos, Daniel havia chamado Ryan para pular, do mesmo modo em que fazia com a sua mãe, mas levando em consideração o seu tamanho e peso, assim que ele ficasse em pé na cama infantil, quebraria de primeira, então apenas sorriu e agradeceu o convite, sentiu-se bem com a criança, ainda mais depois que descobriu por Flora que apenas pessoas da confiança do garoto, era dignos de brincar com ele.— Tio Ryan, vamos morar com você? — Daniel indagou inocentemente deixando Flora pálida. Ryan olhou de lado e ao ver a reação da moça, a provocou.— Se sua mãe quiser — Piscou.— Agradeço sua generosidade, senhor Ryan, mas não estou cogitando a ideia de morar com você.— Ah não? — Abriu um enorme sorriso, deixando a moça vermelha. — Você pode ficar na nossa antiga casa, Flora — Sugeriu o seu pai que apenas observava a conversa do casal.— A casa da fazenda? — Per
Cibelle revirou os olhos quando Flora avaliou Daniel pela milésima vez antes de finalmente entrar no carro particular da amiga. A moça se sentia péssima por deixar o filho novamente depois de várias semanas longe do menino. — Cuide bem dele, tá? — Perguntou para Cibelle que sorriu irônica para a amiga.— Não irei cuidar, Flora. Deixarei o menino a mercê de perigo e sairei apenas com o Henry — Ironizou, então o semblante de Flora muda para um de preocupação — É claro que cuidarei dele, Flora. — Disse Cibelle alisando o cabelo do menino — Eu daria a minha vida por esses dois meninos! — Exclamou garantindo para a amiga que mal algum aconteceria com o seu filho. Flora depositou um beijo na cabeça de Henry e Daniel e deu um breve abraço na amiga, depois de quinze minutos enrolando, a moça finalmente seguiu o seu destino. Já no caminho até a empresa, Ryan deixava várias mensagens no celular da moça, arrancando sorrisos bobos — a fazendo desejar chegar logo até o local de trabalho para vê-
Flora respirou fundo assim que chegou em frente à sua antiga residência de infância. A casa não tinha mudado nada nos últimos anos, e tudo graças ao seu pai que sempre mandava homens para aparar a grama e tudo o que crescia no grande quintal. Pegando a chave da residência, Flora caminhou devagar e um flash de lembranças passaram diante de sua mente assim que a mulher girou a chave.Os móveis cobertos por lençóis brancos, fizeram Flora se lembrar do dia em que ajudou os seus pais a colocar cada um deles — a moça tinha boas lembranças, mas apenas a parte ruim ficou guardada em sua mente. Com um sorriso de saudades do lugar em que cresceu, Flora explora a cada, passando por cada cômodo dela e desbloqueando uma memória diferente, memória à qual queria que o seu filho também vivesse. O último destino de Flora foi o grande quintal, onde se lembrou brincar com os seus pais, onde se lembrou do pequeno estábulo que ficava perto, e onde também, lembrou de sua primeira queda a cavalo, no qual f
Assim que Flora adentrou na recepção, percebeu a aglomeração no local. Todos pareciam animados, os homens que lhe contrataram estavam presentes, assim como Ryan e quando ambos os olhares se encontraram, foi possível perceber o brilho nos olhos de Ryan e o grande sorriso que ele deu para a moça e não disfarçou, ela retribuiu tendo a atenção voltada para ela por míseros segundos.— Já que todos estão aqui, podemos começar — Anunciou Ryan e logo Flora percebeu de que se tratava da reunião que fora anunciada no dia anterior e que Ryan estava esperando por ela — Serei breve, mas gostaria de agradecer a todos pelo esforço e trabalho duro. Sei que o trabalho anda sendo árduo, e graças a perseverança de cada um, a St. Thompson tem crescido cada vez mais — Diz ele e todos o aplaudem. O pouco tempo de trabalho, fizera Flora perceber que Ryan era um dos melhores chefes que alguém poderia ter. O homem era compreensivo, e fazia de tudo para ajudar os seus colegas de trabalho, além de que a moça n