Uma mulher loira se aproxima. A mesma que falou coisas sem sentido para mim na rua. Enry não parece estanhar a presença dela, ele deve conhecê-la. Então...
— Você é a mulher que falou comigo naquele dia... O que quis dizer com tudo aquilo? Era sobre isso? Você conhece meu pai e sabia que ele se aproximaria de mim?
— Não conclua as coisas levianamente, Eron — ela diz. — Eu precisava te avisar que estão armando uma armadilha para desviar a sua atenção. Ou melhor, para levá-lo para o lado deles — explica a loira.
— Acho melhor entrarmos — digo, olhando ao redor e vendo a quantidade de vizinhos curiosos prestando atenção em nossa conversa.
Enry e a loira acenam em concordância. Em silêncio, guio-os para dentro do prédio.
Abro a porta do apartamento, Enry e a mulher entram, observando o ambiente.
— Eu vou buscar um copo de água na cozinha — Aisha diz e se afasta.
Não me sento. Permaneço de pé, cruzo os braços e encaro-os. Não é de meu interesse que eles demorem, preciso pensar em tudo o qu