A noite havia caído sobre a cidade, mas o coração de Melissa ainda latejava com as lembranças do café com Sofia e o reencontro inesperado com Daniel.
No caminho de volta para casa, o silêncio do carro parecia mais alto do que o som do trânsito. O olhar de Daniel, a curiosidade de Sofia e o nome de David pairavam como fantasmas em sua mente.
Assim que chegou, largou a bolsa sobre o sofá e tirou os sapatos, exausta. Sentou-se por um instante, deixando a cabeça pender para trás. O teto branco parecia girar, como se os pensamentos se movessem em círculos.
O rosto de Daniel lhe vinha à mente com frequência incômoda — o sorriso fácil, o jeito seguro, a familiaridade reconfortante. Tudo contrastava com a sensação instável que sentia ao pensar em David.
Amava David, sabia disso, mas o amor às vezes parecia um território minado. Havia ternura, desejo, e também medo — medo de perder o controle, medo de ser ferida outra vez.
Levantou-se, foi até a cozinha e serviu um copo de água. As palavras de