Clara Dal
As 24 horas mais longas da minha vida chegaram ao fim. Siena estava fora de perigo imediato, mas ainda em estado grave. Luna estava acordada, mas frágil e assombrada pela ausência de sua gêmea. E eu... eu estava no meu limite. O segredo era um veneno, e estava nos consumindo.
Eu estava em uma chamada de vídeo com Lorenzo. Ele parecia um fantasma, assombrado pelos corredores do hospital.
—O prazo acabou, Clara—, ele disse, a voz vazia. —Eu não posso mais mentir para eles. Sua mãe... ela ligou três vezes esta manhã. Ela sente que algo está errado.
—Eu sei—, suspirei, esfregando os olhos cansados. Eu não dormia desde antes do baile. —Você está certo. É hora.
—Como vamos fazer isso?— ele perguntou.
—Não com uma ligação em grupo. Isso seria um pandemônio—, eu disse, a decisão se formando. —Precisa ser controlado. Eu vou fazer isso. Mas vou começar com a única pessoa que pode absorver o choque e pensar logicamente.
—Daniel—, sussurrou Lorenzo, entendendo imediatamente.
Meu irmão