44. MEDO DO DESCONHECIDO
DANNA PAOLA MADERO
Assustada com a pegada surpresa, abri a boca para gritar, mas uma mão grande impediu.
O coração batia forte no peito, mas acabou se acalmando após reconhecer o cheiro amadeirado e intenso.
Joguei fora o ar que prendia nos pulmões.
— Calma Paola, sou eu. — Tirou lentamente a mão e me virou pelos ombros.
Eu estava muito feliz por vê-lo com vida e bem. Mas preferi não demonstrar isso, me sentia envergonhada e culpada por ter arrastado ele e a família para isso.
Mirei seu peito que subia e descia bem rápido embaixo de uma camisa branca com botões. As mãos não deixaram meus ombros nem um centímetro.
Ficamos os dois ali parados na calçada sem dizer nada. O momento era confuso, eu não sabia o que dizer. E tinha medo do que ele me diria, e se me mandasse ir embora? Não seria o fim, já que era exatamente isso que ia fazer a pouco.
— É melhor entrarmos. — Ele disse por fim com a voz baixa e estranha.
Eu não tinha coragem para encará-lo agora.
— Não... Eu... E