— Ajudar um pouco, de vez em quando, tudo bem… — Começou Juliana, com um olhar firme. — Mas você não percebeu? Você virou praticamente um caixa eletrônico ambulante. Uma versão feminina de um banco. Nessa relação… O que, exatamente, ele faz por você?
As perguntas vinham uma atrás da outra, como pedradas. Camila, por um instante, ficou sem resposta.
— Não precisa me responder agora. — Juliana suavizou o tom. — Faz o seguinte: manda uma mensagem para ele agora… E pergunta o que ele vai fazer hoje à noite.
Camila pegou o celular e obedeceu, sem hesitar.
Dois minutos depois, levantou os olhos:
— O Leo disse que hoje à noite vai sair com o Sr. Gustavo… Compromisso de trabalho. Vão naquele karaokê no centro da cidade.
Ele até passou o endereço certinho — claramente pra deixar tudo parecer transparente e não levantar suspeitas.
Realmente, digno de alguém já com trinta anos.
Juliana enxergava tudo com clareza.
Alguns segundos depois, olhou direto nos olhos de Camila, calma, mas firme:
— Mila,