Deixando o deserto para trás, Lúcia e Amara sentiram o ar mudar, tornando-se mais denso e misterioso à medida que seguiam por um caminho pouco explorado. As árvores ao redor tinham uma aura diferente, como se cada folha, cada galho, carregasse um segredo antigo e esquecido. Esse novo território, conhecido apenas como as Profundezas, era um dos locais onde o Véu se tornava mais enigmático, revelando apenas o que era absolutamente necessário.
A Floresta dos Ecos
Ao entrarem nas Profundezas, Lúcia começou a ouvir sussurros, vozes familiares e desconhecidas, como ecos de tempos e realidades distintas. Amara percebeu a inquietação da mestra e segurou sua mão, buscando segurança. Sabia que Lúcia já tinha enfrentado muito, mas também entendia que o desconhecido sempre traria novos desafios.
— Essas vozes são memórias antigas — explicou Lúcia, respirando fundo para se acalmar. — São fragmentos de quem passou por aqui e deixou parte de si. Cada alma que toca o Véu deixa uma marca, uma lembranç