José esfregou as têmporas, sentindo aquela sensação incômoda de entender tudo racionalmente, mas ainda assim, carregar uma enorme inquietação no coração.
Ele nem percebeu que, naquele momento, o carro em que estavam seguia de perto o carro preto à frente.
Devido ao horário, as ruas não estavam muito movimentadas. Duas luxuosas máquinas percorrendo a cidade chamavam naturalmente a atenção.
Isabel planejava descansar um pouco, mas avistou pelo retrovisor o carro atrás deles.
No início, Isabel pensou que fosse coincidência, afinal, era noite e ela não conseguia ver a placa com clareza.
Mas após alguns desvios, o carro continuava a segui-los.
Isabel estreitou os olhos e, em um semáforo vermelho, as luzes traseiras do carro de Inácio iluminaram a placa do carro de trás.
Isabel olhou para trás e reconheceu o carro de José.
“O que José está fazendo nos seguindo a essa hora da noite?”
Inácio já tinha percebido há algum tempo.
— Eu vi a entrevista de Zé para a imprensa hoje. — Inácio comentou.