Carolina olhava pela janela quando, de repente, um estrondo ecoou pelo céu, como se um raio o cortasse.
Um suspiro escapou dos lábios de Carolina, formando uma nuvem de ar frio.
- Que susto. - Murmurou ela.
José ergueu os olhos, sentindo o peso no coração. Um carro passou rapidamente ao lado do veículo de Isabel.
A chuva caía forte lá fora, e através do vidro embaçado, José conseguiu distinguir Isabel inclinada sobre o volante por um momento, o carro imóvel sob a tempestade.
Isabel segurava o volante com as mãos sobre os ouvidos, tentando abafar o som do trovão.
Mas, de alguma forma, o trovão parecia estar ciente do seu medo e trovejou provocativamente algumas vezes mais alto.
Quando ela ergueu o rosto novamente, sua pele estava pálida como a lua.
Ela pegou o cobertor do banco de trás e se enrolou nele, enquanto os limpadores de para-brisa continuavam a trabalhar incansavelmente, e Isabel se encolhia em busca de conforto.
Era uma da manhã na Cidade A, uma hora em que a vida notur