Inês sorriu de maneira irônica, retirando a agulha de prata entre os dedos. Matar Pedro não lhe traria benefícios, afinal, ela ainda precisava dele para atrair a pessoa que havia comprado a receita 73.
Ao ver Inês guardando a agulha, Pedro tocou o pescoço, onde a pele tinha sido perfurada, deixando escapar um pouco de sangue, mas sem atingir os vasos sanguíneos.
- Beleza, sua habilidade seria desperdiçada como médica. - Pedro olhou para ela e disse.
- Da próxima vez que tentar me enganar, não serei tão piedosa. - Inês o advertiu.
Pedro finalmente entendeu. Inês estava zangada pela armação no jardim.
- Estou apenas te ajudando, você esclareceu as coisas com o Emanuel. Ele não vai mais te incomodar. - Ele deu de ombros.
Inês olhou pela janela do carro sem dizer uma palavra.
Na verdade, ela sabia que Emanuel estava atrás dela o tempo todo. Sempre que ele se aproximava, ela sentia sua presença. Ela forçou a si mesma a dizer aquelas palavras, partindo o coração dele, e, ao mesmo tempo, o p