Thomas ouviu o barulho e virou a cabeça, curioso para ver quem tinha a ousadia de abrir a porta do escritório do irmão sem sequer bater.
Viu uma mulher alta, vestindo um vestido verde-escuro, parada na porta. Ela segurava uma sacola com o logotipo do Restaurante Glicínia. Thomas ficou um pouco confuso; será que a moça estava ali para entregar comida?
Mas a mulher não lhe deu a menor atenção.
Lorena estava na porta, seus olhos amendoados e impassíveis fixos em Guilherme, que estava sentado na cadeira de executivo. Ela perguntou:
— É verdade?
Guilherme balançou a cabeça e respondeu:
— Não.
Então, ele se levantou e foi em direção a ela.
Lorena ouviu a resposta dele e murmurou distraidamente:
— Ah.
Thomas, sentado no sofá, olhou para os dois, piscando os olhos, atônito. Será que estava vendo coisas? Ele achava que tinha visto medo no rosto do irmão. Além disso, o irmão se levantou e caminhou até a mulher parada na porta, segurando a mão dela... Será que Guilherme estava sendo... gentil?
En