Félix não era tolo, e assim que Guilherme falou, ele entendeu imediatamente o que aquilo significava.
"Mas isso é impossível, como ele poderia...?"
Jerônimo, ao vê-lo tão miserável, resolveu fazer um gesto de bondade e explicou:
— Seus homens foram interceptados por nós no meio do caminho. A pessoa que veio te avisar era um dos meus. Como você acha que nós te atraímos até aqui? — Disse Jerônimo, com um sorriso frio curvando os lábios.
Félix não conseguiu mais sorrir; sua expressão ficou tão desagradável quanto a de alguém que tivesse engolido uma mosca.
Os olhos negros e afiados de Guilherme o encaravam, e sua voz soava extremamente fria:
— Antes, eu te mantive vivo porque você tinha alguma utilidade. Mas você nunca deveria ter tocado em quem não devia! Agora, não há mais motivo para te poupar. — Félix tentou abrir a boca para falar, mas Guilherme o interrompeu com um sorriso gelado no olho e nos lábios enquanto continuava. — Você acha que os seus segredos estavam bem escon