Ouvindo a conversa entre Robson e Karen, Sara sentia a consciência pesar como chumbo em seus ombros.
Tinha destruído a vida de todos por puro egoísmo. Não podia chamar de amor algo que feria os demais, que afastava irmãos, que pisava nos sentimentos dos outros sem se importar com nada e nem ninguém.
Esgotada, segurando o choro de culpa e vergonha, ouviu Karen em mais uma acusação contra Izaque.
— Não sei como fez, mas sei que a culpa é dele.
Disposta a arcar com as consequências de seus atos, saiu de seu esconderijo improvisado. Não permaneceria escondida nas sombras de seu passado, assumiria seus erros e, seja lá o que ocorresse, seguiria em frente.
— Não. A culpa é minha — anunciou com a voz embargada. Aproximando-se cambaleante de Robson e Karen.
— O que faz aqui? — Robson perguntou se aproximando, mas Sara o deteve, colocando as mãos a frente do corpo para que ele se mantivesse longe.
— Vim em busca de um amigo, mas vejo que não vou encontrar um aqui.
— Sara...
— Entendi