- Você fez eu bater, porra! – Gritei, saindo do carro, indignada.
O homem gargalhou:
- Moça, quem está guiando é você. Não sabe olhar nos espelhos? Não tem noção de espaço?
Fui até a traseira do carro e percebi o estrago: um grande amassado.
- Você é o culpado! – O olhei.
- Escute aqui, mocinha, eu a ajudei.
Os outros homens também riam de mim. Pus as mãos na cabeça, atordoada! Desgraçado! Ele havia feito propósito.
Fui até a farmácia, peguei o remédio que minha mãe havia pedido e um teste de gravidez. Já estava extremamente nervosa e agora ainda mais aquilo para destruir meu dia. E se eu realmente estivesse grávida? Já tinha um bloqueio horrível para dirigir e agora com aquela batida certamente ficaria traumatizada, podendo causar ainda algum dano ao bebê.
Sentei-me no volante e vi o homem que cuidava do estacionamento conversando com outro no portão de saída. Toquei meu ventre, impressionada com o quanto me preocupei com o bebê antes mesmo de me certificar de que ele estava ali. Não