Capítulo 16
Marcela narrando
Um outro homem, na verdade um guri, abre a porta e entra com um fuzil atravessado nas costas.
- Comida – ele fala me jogando no meio das pernas.
- Eu estou com as mãos amarradas – eu falo.
- Se vira – ele fala fechando a porta e saindo.
Eu olho para aquele sanduiche embalado e as minhas mãos amarradas, eu estava morrendo de fome, eu nem sei quantas horas estou aqui, eu tento folgar a corda mas era impossível, além de ter sido obrigada a me casar com aquele velho nojento do Roberto, agora eu seria morta pelos seus inimigos.
Eu desisto de tentar desembalar o sanduiche quando o sanduiche resbala do pouco dos meus dedos que eu tinha conseguido segurar e cai no chão sujo, eu começo a chorar sem parar , porque eu estava morrendo de fome e não conseguia comer. Eu limpo as lagrimas que descia dos meus olhos.
Eu me deito nesse colchão velho e começo a ver o sanduiche no chão, depois vejo o rato novamente andando , estava ficando cada vez mais escuro aqui dentro e e