Carlos levou-a até à porta do asilo, quando inesperadamente encontrou-se com Daniel. Ele também acabara de chegar, saindo do carro, reconheceu o veículo de Carlos e seu semblante tornou-se sombrio.
— Devo descer e explicar a Daniel o que aconteceu ontem à noite? Caso haja um mal-entendido, seria desagradável.
— Não é necessário, ele não é uma pessoa de levar as coisas para o lado pessoal, nem vai... — se importar tanto com ela.
Ela deixou a última parte da frase por dizer, em seus pensamentos.
Carlos virou o carro e partiu, enquanto Beatriz caminhou em direção a ele.
— Como vocês estão juntos?
— Meu pneu furou, levei para consertar, estava difícil pegar um táxi pela manhã, então o Irmão Carlos me deu uma carona.
— Então, vocês passaram a noite juntos. — A voz de Daniel era fria como gelo.
— Ontem à noite, depois de levar o Irmão Carlos para casa, ele sujou minha roupa de vômito, e a tia insistiu para que eu me limpasse antes de ir embora. Mas já era muito tarde, e eles não se sentiram