Beatriz, preocupada em machucar sua ferida, manteve-se o mais afastada possível, mas Daniel também se moveu para o lado da cama, deixando espaço suficiente entre eles para uma pessoa muito grande.
Após apagar as luzes, a atmosfera do quarto tornou-se pesada e íntima. Sua respiração estava ofegante.
O tempo passava lentamente, e ela não conseguia dormir. Nunca havia compartilhado uma cama com outro homem antes. Em três anos com Afonso, eles nunca haviam feito nada impróprio.
De repente, ela ouviu a respiração pesada de Daniel, algo não estava normal.
— Daniel, você está bem?
Ela o tocou levemente, e sentiu sua pele ardente. Acendeu rapidamente a luz para ver melhor.
Daniel tinha o rosto vermelho de febre, coberto de suor, claramente com febre alta. Ele franzia a testa, uma expressão de dor, e até murmurava em delírio. — Bruna...
Ele parecia estar chamando alguém.
Naquele momento, Beatriz não podia se preocupar com isso e ligou imediatamente para Lucas, que estava a caminho com um médico