Capítulo 16

Opala Insula

Levaram horas para dar a volta na ilha, mas nenhuma pista de Kira fora encontrada, nem mesmo outro objeto que pertencia a ela, indicando que estavam no cainho certo.

Seus estômagos roncavam e já se encontrava bastante cansados devido a longa caminhada debaixo do sol quente. Petrus era o único que se mantinha firme, sem reclamar da enorme fome, ele queria encontrar Kira logo, se o garoto estava certo, o lugar era aquele, percorreram tudo, a única “passagem visível” pelo meio da mata era a de frente onde estavam parados.

— Devíamos ter comprado algo para comer, antes de vir. — Sr. Willians disse pela décima vez.

— Eu já entendi que são um bando de maricas, mas temos problemas maiores. — Petrus resmungou.

— Se me permite dizer, nem ao menos gosta da capitã!

— Ela é minha filha acima de tudo, e tem um navio, recursos... — deu de ombros — O mínimo que pode fazer é me recompensar pela perda do meu navio.

— Mas não é um navio amaldiçoado? — Oscar questionou.

— Sim, sim, ele é bem resistente e rápido, ou melhor, era. — coçou o queixo — Porém é extremamente velho, o navio vai se cansando de afundar, bom, quem sabe ele não resolve aparecer.

Escutaram barulhos vindos da mata fechada, pelo “caminho” a frente deles vislumbraram uma silhueta se aproximando devagar, silenciosamente. Estavam todos prontos para atacar o que fosse, com exceção do garoto que se escondia atrás de Petrus, a silhueta ficara mais próxima, então puderam ver Malesinmar cambaleando.

A criatura estava terrivelmente machucada, uma gosma escorria pelos cortes em seu corpo, um dos olhos fora arrancado, assim com o braço esquerdo. Com mais alguns passos ele tombou aos pés do três, ofegando, parecia estar lúcido, porém, sentia uma dor excruciante.

Petrus se agachou e usando seu sabre, virou a criatura com a barriga para cima.

— Quem te atacou? — questionou.

— Kira... Kira... Perigo... Kira... — sussurrava fracamente — Salvar... Kira... Perigo... Kira...

— Isso não é nada bom! — Sr. Willians arfou em desespero — Se fizeram isso com ele, imagina como está a capitã?

— Vamos adentrar. — Petrus se levantou confiante.

— Enlouqueceu? — o marujo praticamente berrou — Nem sabemos o que está escondido nessas matas!

O capitão se aproximou com a face distorcida em ódio.

— Nós vamos adentrar essa mata e ponto. — resmungou.

Se virou de volta para Malesinmar antes de afastar-se.

— O garoto vai ficar com o bichinho da Kira, se quiserem, fiquem também, mas eu vou adentrar. — disse e então abaixou a voz — Molengas.

Se embrenhou pelo caminho estreito, sendo seguido apenas por Oscar.

— Se a capitã está em perigo, irei também.

Sr. Willians permaneceu parado, achou por bem ficar ali, não seria muito útil a eles mesmo, sua perna de pau atrapalharia a caminhada na mata fechada. Além do mais, queria tentar ajudar Malesinmar, talvez conseguisse aliviar a dor da criatura marinha.

Petrus usava seu sabre para cortar galhos e cipós que dificultavam seu avanço, Oscar observava sempre atento a tudo, qualquer movimento e ele atacaria sem nem hesitar, mesmo que mal conseguissem ver a sua frente, não conseguiam enxergar por onde Malesinmar havia passado, a mata parecia intocada.

A medida que avançavam ficava mais difícil até para se mexer, tudo ali era verde, os troncos cobertos de musgo, o ar úmido, porém abafado, os castigava a cada passo, sentiam o suor escorrendo mais do que quando estava na praia debaixo do sol. Aquela parte da ilha não deveria ser tão fechada, ao menos não daquela maneira, Petrus imaginou que isso também podia ter a ver com a maldição ou com quem a jogou no antigo mundo.

— Este lugar é quente como o inferno! — o capitão bradou — E olha que já estive perto de lá.

Sua gargalhada ressoava alta pela mata, apenas a voz dele podia ser ouvida.

Oscar permanecia em silencio, o marujo detestava a presença do capitão, preferiu mil vezes a sua capitã de volta, ele nem ao menos confiava em Petrus. Seus passos eram cautelosos, jamais se mantinha a frente dele, não sabia onde estava se metendo, aquilo podia muito bem ser uma armadilha. Kira acreditou no capitão, mas ele pensava que era tudo muito “fácil” demais.

— Parece que nunca chegaremos a algum lugar, será que não pegamos o caminho errado? — Petrus coçava a cabeça com seu sabre.

— Não sei se tem um caminho certo, Malesinmar veio dessa direção. — Oscar respondeu.

Continuaram andando até que Oscar avistou algo.

— Acho que estamos na direção certa. — ele diz apontando para uma árvore ao seu lado.

 O tronco estava manchado com a mesma gosma que saía dos cortes em Malesinmar, e olhando para trás Petrus entendeu o motivo de o caminho parecer tão fechado.

— São árvores amaldiçoadas. — revirou os olhos irritado — Por isso não tinha um caminho, sempre que passamos, tudo volta ao normal.

— Melhor continuarmos então, pelo menos sabemos que não estamos perdidos.

A caminhada era ainda mais difícil naquele ponto, o chão tornou-se irregular, com várias protuberâncias e até alguns pontos onde tinha que subir.

— Sangue! — Petrus apontou para uma árvore.

Tinham manchas em algumas árvores próximas, enquanto subiam por uma parte mais íngreme, ao menos sabiam estra chegando perto. Ao chegarem no topo avistaram uma clareira, cheia de buracos, lama e sangue...

Se dirigiram ao local com cautela, inspecionando tudo o que viam, armas de todos os tipos, pedaços de roupas, sapatos e barris de rum vazios. Acontecera uma grande confusão naquele lugar, infelizmente chegaram tarde demais para descobrir o que ocorreu ou saber do paradeiro da capitã Kira.

— Esse casaco é da capitã! — Oscar levantou um pedaço de pano rasgado — Ou o que sobrou dele.

— Há mais alguma coisa dela?

— Sim, as botas, tenho certeza que aquelas pertencem a ela. — respondeu firme.

— Isso não é bom, esse casaco está manchado de sangue...

— O responsável por essa confusão não pode ter ido muito longe, não avistamos nenhum navio diferente chegando ou partindo. — observou bem ao redor — Se encontrarmos pistas de para onde foram, podemos os alcançar.

— Pelo estrago aqui posso dizer que foram pessoas e não estão sozinhos. — resmungou — Melhor pensarmos bem antes de agir, se Kira estiver viva vamos achá-la, mas primeiros precisamos de descanso e alimento, ne um de nós dois está em condições de enfrentar seja lá quem for.

Ambos apresentavam sinais de esgotamento, seria realmente mais prudente retornar e pensar numa nova abordagem, sempre importante ter uma boa estratégia e Petrus não era o tipo de homem que gostava de subestimar seus inimigos. Retornaram com mais pressa do que na ida, chegar a praia e ir para o comércio tentar descansar e comer algo era essencial, antes de começarem a planejar como iam descobrir quem estava por trás do sumiço de Kira. Petrus não queria admitir, mas começara a ficar preocupado com sua filha, mesmo que não desejasse o nascimento dela, sentia orgulho da capitã pirata que tinha se tornado, não se aproveitando apenas de sua magia.

— Posso perguntar uma coisa? — Oscar estava intrigado.

— Já perguntou. — Petrus revirou os olhos — O que que

Em questão dos últimos acontecimentos aconselho aos leitores que não iniciem a leitura, me recuso a continuar disponibilizando meus livros de graça e a plataforma render as minhas custas, assim como de outros autores, os capítulos foram cortados pela metade assim inviabilizando a leitura e consequentemente cortando os rendimentos.

Agradeço a compreensão de todos e preço desculpas pelos transtornos.

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