Bati levemente na porta e a abri com cuidado. O quarto era claro, silencioso, com aquele cheirinho de hospital que já grudava na minha pele. Dona Erismar ajeitava o travesseiro de Júlia, que estava sentada na cama com a expressão bem mais corada do que da última vez que a vi.
— Olha quem chegou — Júlia sorriu assim que me viu, e aquele sorriso sincero me deu um alívio enorme.
— Oi, minha linda… — murmurei, me aproximando e indo direto para abraçá-la com todo cuidado do mundo. — Fiquei tão feliz quando soube que você está melhor. A enfermeira disse que a alta sai hoje, né?
— Uhum — ela assentiu animada. — E eu soube que o Gabriel foi pro quarto! Que bom, Larissa… que bom!
Meu peito apertou, mas dessa vez por alívio. Assenti rapidamente e a apertei no abraço com carinho.
— Ele tá lá, ainda bem fraquinho, mas já é uma vitória enorme ele ter saído da UTI… Júlia, eu nem sei como te agradecer por ter tentado proteger meu filho com o próprio corpo. Isso… isso é grande demais. Eu nem consigo