Doutor, depois de todas essas coisas que contei, finalmente aquele ano estava chegando ao fim.
E o que aconteceu naquele último dia de ano? Inicialmente, nada. Absolutamente nada.
Sinceramente queria muito estar ao lado dela, sentir seu corpo tocar o meu, mas esse foi um dos momentos que achei não me ser permitido.
Antes de mais nada, quero lhe contar o que estava programado para aquele que seria o último dia daquele ano louco e intenso.
Meu carro pareci que funcionaria sem problemas, então, iríamos viajar para uma cidade vizinha e nos reunir com amigos. Amigos que não eram meus. Amigos... dela... E isso não me animava nem um pouco, afinal, se você conhecesse as pessoas que ela chama de “amigos”, entenderia meu drama e minha revolta.
Porém, doutor, dentro de um ano atípico, sem sentido, com tudo que estava me acontecendo, eu resolvi ir. Como se tivesse muita escolha.