Após uma longa jornada, finalmente voltei para minha cidade natal, que eu não via há anos.
As ruas familiares me receberam como velhos amigos. A mesma loja de esquina onde costumava comprar doces quando criança. O mesmo ponto de ônibus onde eu esperava todas as manhãs para ir à escola.
Tudo ali continuava igual.
O tempo parecia ter pressionado o botão de pausa naquele lugar.
Mesmo após tantos anos longe, ele estava exatamente como o cenário que eu guardava em minha memória.
Enquanto arrastava minha única mala pela calçada de pedras, a Sra. Brown apareceu no portão de seu jardim.
Seus olhos se arregalaram de reconhecimento antes de se abrirem em um sorriso caloroso, o mais sincero que eu havia visto em meses.
— Aria! É você mesmo?
Ela largou o regador e correu para me abraçar.
Minha vizinha, a Sra. Brown, estava ao mesmo tempo surpresa e encantada por me ver.
— Olha só você! Continua tão bonita quanto sempre, mas tão magra. Tem se alimentando direito?
Seu jeitinho maternal me