Damian Volkov
O mundo pareceu parar no instante em que os olhos de Lúcian se abriram. Não eram olhos comuns. Eles brilhavam como um céu tempestuoso cortado por relâmpagos, um dourado intenso e vibrante, irradiando um poder bruto e antigo.
A bruxa, até então confiante, recuou um passo. Foi sutil, mas eu vi. Pela primeira vez, ela hesitou.
— O que… o que é isso? — sua voz antes carregada de sarcasmo, agora trazia algo novo: medo.
Lúcian não chorou, não gritou. Ele apenas me encarou, como se me reconhecesse. E então, um calor percorreu minha pele, vindo dele.
— Damian! — Celeste gritou ao meu lado.
Mas eu já estava em movimento. Segurei minha espada com força e avancei contra a bruxa, aproveitando sua distração. Ela tentou conjurar alguma magia, mas Nosferatu foi mais rápido. Ele ergueu uma das mãos, murmurando palavras ancestrais, e um círculo de luz púrpura surgiu ao redor da bruxa, aprisionando-a.
Ela gritou, se debatendo contra as correntes mágicas.
— Isso não pode estar acontecendo!